Glória Fácil...

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quarta-feira, março 8

Irrelevâncias

Suave. Institucional. Com umas patilhas novas, a atirar para o marialva. Menos loiro do que há umas semanas, segundo me pareceu - seriedade "oblige". Enfim: um deputado que acha - sem que ninguém o contrarie - que o facto de ter sido ministro da Defesa o transformou definitivamente num político responsável, vulgo "homem de Estado".

Foi assim, ontem, Paulo Portas, no seu novo "Estado da Arte", na SIC-Notícias. Um cenário algo gélido demais, uma interlocutora (Clara de Sousa) que, como parece que obrigam as regras destas conversas, se comportou à altura do que se lhe pedia. Uma conversa mole. Entediante mesmo - mais até do que as do professor Marcelo.

Por isso me pergunto: qual o interesse jornalístico da coisa? Quer dizer: parece-me que a SIC faz a contratação apenas segundo o princípio, rangeliano, de que uma televisão pode vender tudo, de sabonetes a presidentes. No caso, do CDS. Mas porquê só do CDS, uma irrelevância partidária? Porque não também fazer o mesmo com o PS, contratando Alegre? E com o PSD, chamando Santana (ou Menezes)? E no Bloco de Esquerda, convocando Joana Amaral Dias? (No PCP não me lembro do ninguém.)

Não. Nada. A SIC já só se contenta em eleger o presidente do CDS. A contratação de Paulo Portas retrata em todo o seu mínimo esplendor a irrelevância em que se tornou a própria SIC.
|| JPH, 10:56

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