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quinta-feira, junho 23

Eleições directas

Anda animada a discussão nos círculos blogosféricos afectos ao CDS sobre as recentes eleições directas no partido. Tudo porque, n'"A Capital", vozes anónimas do partido insinuaram chapeladas no processo. Se Marques Mendes não se acautelar, ouvirá o mesmo no PSD quando ali institucionalizar este novo método de eleições.

Conhecendo eu relativamente bem como foi o processo das directas no PS, parece-me que se está a fazer uma tempestade num copo de água.

No PS, como agora no CDS/PP, também se insinuaram chapeladas a propósito de sucessivas reeleições de António Guterres em eleições directas. E na altura - penso que na reeleição de 2001, mas não tenho a certeza - foi noticiado. Ninguém valorizou as directas no PS até 2004 (confronto Sócrates/Alegre/João Soares). E elas já decorriam desde (pelo menos) dez anos antes (foi Sampaio que as inventou, foi Guterres que as pôs nos estatutos do PS, após ter sido eleito líder, em 1992).

Significa isto o seguinte: a credibilização das eleições directas nos partidos passa, pelo que já hoje se sabe, por duas coisas: que ao sufrágio se siga um congresso (isto é, um momento público, que amplie à dimensão nacional o debate ocorrido no sufrágio); e que as eleições sejam disputadas. Enquanto assim não for, temos intriga à grande e à francesa.

Nota: Mas, na blogosfera, felizmente, o debate inter-CDS é de rosto aberto, o que significa que dos jornais para aqui esse debate se credibilizou. Ainda bem.
|| JPH, 15:27

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