Glória Fácil...

...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]

quinta-feira, maio 12

Memória selectiva (II)

Caro Rodrigo (*),

1. Desculpas por não "linkar". Não é culpa minha - é incompetência do computador.

2. Penso que não há volta a dar. Provei, com exemplos, que a actuação, ontem, perante Abel Pinheiro, não é inédita em Portugal.

3. Censurei essa conduta da investigação: "Há a porcaria do costume. É mau - mas não é novo. É mais do mesmo." O facto de não ser inédita não diminui a gravidade do "número" televisionado pela SIC.

4. Com estes "números" a investigação judicial descredibiliza-se. Mas o mal já está feito: por mais absolvido que venha a ser, nunca mais Abel Pinheiro se livrará da má imagem que aqueles breves segundos televisivos lhe trouxeram.

5. O problema não é a televisão. A televisão fez o que tinha fazer. O problema é de quem deu à dica.

6. Acredito - é uma mera opinião - que estas "fugas" acontecem quando a investigação decide que é altura de parar de investigar; agora todos os visados (ou potenciais visados) deixarão de falar ao telemóvel; toda a papelada que tiver que ser destruída estará a ser destruída; Dificilmente a PJ/MP encontrarão mais o que quer que seja.

7. E assim qualquer "busca" que venha ainda ser feita sê-lo-á apenas para efeitos de "show off" televisivo, para mostrar "trabalho". Nada mais. Depois, o processo seguirá. E se, no final, nada de relevante se vier a provar - nunca vi ninguém condenado em Portugal por tráfico de influências -, a investigação (PJ, MP) dirá que é por culpa dos múltiplos artifícios que os advogados de defesa usarão para defender os seus clientes. Como se fosse um crime ser defendido por alguém competente!


(*) - Para quem não se tenha apercebido, isto é uma resposta a um 'post' de Rodrigo Moita de Deus n'O Acidental intitulado "Olhai o dedo que aponta".
|| JPH, 19:20

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