Glória Fácil...

...para Ana Sá Lopes (asl), Nuno Simas (ns) e João Pedro Henriques (JPH). Sobre tudo.[Correio para gfacil@gmail.com]

sexta-feira, agosto 6

Um sonho esquisito

Ontem – e talvez fosse do calor insano – tive um sonho esquisito.
Um enjoo súbito, algumas tonturas ligeiras (no sonho) levaram-me a uma urgência hospitalar. [Ninguém com um enjoo e umas tonturas vai a uma urgência, eu sei. Eu também nunca vou. Mas isto é um sonho].
Ao atravessar o portão de Santa Maria, já vomitava no porta-luvas de R., que se tinha oferecido para me conduzir ao hospital [e também ao IKEA, mas isso é outra história]. R., então, ficou mais preocupado e chamou um tio médico que rapidamente me colocou no serviço de observações. [isto é um sonho, e nem R. tem um tio médico].
Apareceu um médico simpático, que me perguntou a história clínica e a outra. Fui respondendo, enquanto vomitava a marquesa, com uma ou outra ironia. Uma graçola. Dizer o contrário do que queria dizer e, uma ou outra vez, dizer exactamente o que queria dizer parecendo estar a dizer o contrário, para não levar o gajo a pensar que eu estava a dizer aquilo de forma literal e, eventualmente, a ser excessiva ou temerosa.
- O que é que V. quer dizer com isso?, perguntou o médico [a sua estupenda sinceridade comoveu-me um byte].
E, à queima-roupa, não soube responder.
- Agora que me pergunta não faço a mínima ideia.
A doença, afinal, já estava catalogada no anuário clínico. Tinha um nome estranhíssimo em checo, mas entre o restrito grupo de especialistas que empreendiam o seu estudo, era conhecida como “doença das metáforas”.
A “doença das imagens”, no seu estado mais grave, era mortal: conduzia ao fim da comunicação. O sujeito entrava numa espiral metafórica que perdia a base do discurso: mais do que não ser percebido pelo outro (o que ocorre no estado inicial da doença), já não sabia o que estava a dizer.
- E agora o que eu faço?
- Procure o sentido literal das coisas. Será um choque, mas também uma revelação. Uma couve é uma couve. Sabe o que é uma couve?
- Um tipo abúlico?
- Não, uma couve é uma couve. Vá ao mercado, escolha uma redonda e exuberante.
Acordei com o despertador, enjoada de um sonho esquisito, com as tonturas matinais. Quando saí de casa, pelo sim, pelo não, segui para o mercado de Alvalade.
|| asl, 00:31

2 Comments:

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